quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

          Meteoritos na Rússia! Mais de cem mil golfinhos na costa da Califórnia - EUA! Meteoros no Brasil?! Seria prenúncios dos fim do mundo? Bobagem espacial e biológica? O fato é que após os meteoritos uma certa sensação parece nos incomodar, não é mesmo? Bem, talvez os mais tenham errado apenas uns dois meses! De igual modo, se chegarmos a um fim do mundo, como se espera, todo o agito nessa terra por humanos desde o começo da era racional foi em vão. Mas também, um fim de mundo não é algo de se estranhar, se levarmos em conta tudo o que temos feito para a preservação do planeta. Não sou ambientalista, nem ecologista, mas tenho consciência do câncer que é o homem na Terra. Talvez isso seja um teste, provocando os países mais desenvolvidos, Rússia, EUA, China a se unirem na tentativa de criarem um escudo espacial contra esse tipo de ameaça. Bem, mas e o comportamento dos golfinhos? Seria só mesmo uma oferta abundante de algum alimento preferido deles nas águas da Califórnia, ou realmente é a premonição de que algo está por vir? Sabe-se que o Japão utiliza peixes para prever terremotos. A pergunta que não quer calar é: quem está pronto para o fim do mundo, ou melhor, quem se sente preparado para a morte? Quem agora se morresse, morreria com sua consciência tranquila, sabendo que fez tudo o que podia, que não tem dívidas com Deus e nem com a Terra?
          Uma coisa interessante é que as ondas de som produzidas pelo choque dos meteoritos na atmosfera, captadas por aparelhos especializados, em várias partes do mundo, não ouvidas por ouvidos humanos, podem ser ouvidas por baleias ou elefantes. Poderia ser uma explicação para o comportamento dos golfinhos. (http://fimdostempos.net/explosao-do-meteoro-na-russia-foi-ouvida-em-todo-o-mundo.html)
           Por fim, talvez tenhamos que repensar nossas vidas, e buscarmos viver mais em harmônia conosco, e também com Deus e a Natureza.

Em paz...
 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Direito & Filosofia

          Quando resolvi estudar Direito minha intenção era unir  o útil ao agradável, ou seja, estudar Filosofia mas não sem ser dentro de um ofício que pudesse me ser rentável. Bem, claro que meu pensamento estava demasiado velado, pois que, se estudasse filosofia pura, fazendo uma licenciatura em filosofia por exemplo, poderia futuramente lessionar e ministrar palestras, congressos, de forma a ganhar o suficiente para sobreviver. Então, salvo esses pequenos erros de avaliação, acabei mesmo começando a faculdade de Direito, e fui pouco a pouco tomando gosto pela coisa. Certo também é que muito pouco se discutiu sobre ética e moral, como eu imaginava, que permeariam toda a doutrina do Direito. No entanto, uma nova descoberta se deu: o Direito vem do cotidiano humano para retornar a ele, e manifesta condutas, orienta as ações humanas, coordena o movimento do homem sobre a terra - e é isso o que tem de essencialmente filosófico! A história dos homens é a história do Direito.
          Outro fator interessante é o da cultura. Como podemos notar, o Direito alemão é diferente do Direito Romano e Francês, tanto um como o outro ajudou a civilização tupiniquim na construção de suas leis. Então cada manifestação das faculdades humanas em determinado local e época gera uma forma de ver a avaliar a relação dos homens. No direito Francês o próprio contrato por exemplo, já transfere o domínio da coisa vendida, enquanto no Direito alemão, de cunho Romano, é necessário que haja a tradição ou transcrição para que haja transferência de domínio. O estudo do Direito Comparado permite então uma crítica dos sistemas jurídicos por comparação a outros sistemas, bem como o seu desenvolvimento. Estudar Direito então, além de proporcionar um conhecimento sobre a prática real das relações humanas no âmbito das leis, dos contratos, das relações econômicas, sociais (trabalho) colabora para o desenvolvimento crítico filosófico. Os grandes filósofos como Platão, Immanuel Kant, Karl Marx, Hegel, Rousseau, Hobbes, Montesquiéu, só para citar alguns, durante suas vidas se ocuparam do Direito, elaborando teorias, refutando pensamentos, criando sistemas, que validariam ou inviabilizavam a aplicação do Direito nas mais diversas situações. Foucault mesmo, nosso filósofo francês quase contemporâneo, ocupou-se do Direito Penal ao tomar a pena como tema de seus estudos, em por exemplo Vigiar e Punir, bem como a construção das prisões, o sistema penitenciário. Filosofia e Direito se entrelaçam e andam assim lado a lado.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Lei Divina e Lei dos Homens

          A lei dos homens é algo por vezes extremamente interessante. Dá-se o nome genérico de Direito ao conjunto dessas leis. Sendo assim, o Direito é o conjunto de leis genericamente criadas com o fim de organizar a sociedade no que tange a suas relações humanas e com o meio. Na linguagem de Immanuel Kant "o direito é o conjunto das condições segundo as quais o arbítrio de cada um pode coexistir com o arbítrio dos outros, de acordo com uma lei geral de liberdade". Não podemos então dizer que na antiguidade não existia Direito, pois que já se tinha certa regulação, por exemplo, no período que antecede à vida de Cristo temos o Direito trazido pelas tábuas de Moisés que possuem origem divina, mas que de igual modo são dirigidos a todos os homens. A lei de Deus era assim tanto especial quanto geral, pois trazia em seu bojo "artigos" que possuíam uma conotação direta bem como outros que serviam de instrução normativa geral. Mesmo as civilizações mais primitivas possuíam uma espécie de apoio normativo que definisse as relações dos seus indivíduos. A medida que as relações humanas foram se tornando mais complexas, também o Direito foi evoluindo de forma que hoje, por exemplo, no Brasil temos uma gama muito grande mesmo de leis e dispositivos legais que subsidiam as relações dos homens. Em meio a esse verdadeiro emaranhado de contas legais, também nossas condutas sobre a terra são orientadas pelas leis divinas e pela moral. Com tudo isso funcionando na atualidade, - claro que não questiono  a qualidade deste funcionamento aqui - ainda assim o homem vive em um verdadeiro caos, e numa constante onda de violência e desordem que vem ameaçando todos os dias sua frágil existência sobre este planeta.
          Tanto a lei dos homens quanto a lei de Deus punem os homens que se desviam de seus ordenamentos, também aqui a qualidade dessa punição pode ser uma das causas da diminuição da eficácia das leis, principalmente as penais. Não há o que se falar aqui da qualidade da punição das leis divinas, posto que tais punições estão para uma situação pós-morte. Mas não se deseja assim a punição meramente, mas sim o seu reajustamento a ordem, por isso também existe o perdão e a misericórdia divina. Já nas leis dos homens o que protege o indivíduo da punição é o sistema. Através da corrupção, das falhas do próprio ordenamento, da ação do tempo, etc, muitos são os que são injustiçados, ou porque são punidos de forma indevida, ou porque não são punidos quando deveriam ser, sendo que seus atos que normalmente atingiram a outrem, deixa o outro a mercê da justiça pessoal, porque a justiça elaborada não consegue alcançar alguns indivíduos. A Lei Divina não falha em suas punições, ela é absolutamente justa porque Deus é justo. A lei dos homens é eivada de erros, de incompletudes, de falhas e deslizes. Isso também é um fator que sofre diferenças singulares de cultura para cultura.
Immanuel Kant
          Por fim, hoje questiona-se a qualidade desse Direito, sendo que existe algumas correntes de pensadores tentando mudar a forma como o Direito está sendo construído, por exemplo, os pensadores do Direito Alternativo. Mas ainda assim, o Direito é o que temos de melhor para regular as condutas dos homens, por mais que seja repleto de falhas. Sem o Direito, estaríamos vivendo em pleno caos. O Direito torna a vida em comunidade possível. É uma ferramenta humana, que pode ser empregado tanto para o bem como para o mal, mas que em seu sentido tautológico, busca uma melhora da condição humana, permitindo a coexistência, o convívio. Até onde a lei dos homens encontra fundamentos na lei divina, e vice e versa, é uma questão interessante de ser avaliada. Sabemos que, quanto mais próximo o homem estiver da lei divina, mais próximo estaria também da plenitude, da felicidade eterna, do esplendor. Quanto mais próximo o homem estiver das leis humanas, mais estará apto ao convívio em comunidade, a ser um ser ético, responsável com sua humanidade.
 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Um Pouco de Mim Mesmo

          Novamente um recomeço! De tantos recomeços eu já nem sei mais o que estou recomeçando... Perdi-me, é certo! Resgatar-me será tarefa árdua! Recuperar-me e recuperar Igan Hoffman. Só há uma forma de execução: mudar! Mudarei pura e simplesmente por estar cansado de ser como tenho sido, por estar cansado de tantos e tantos recomeços. Quanto tempo perdido! Hei de pagar caro, certamente! O que eu fiz de mim não vale uma página deste blog, não vale! Mas ainda tenho os dedos ágeis para a digitação, ainda tenho o cérebro aceso quando necessito dele, ainda sei que a maioria dos meus problemas não encontraram solução e são também o problema de muitos outros. Por mais que essa tontura me atrapalhe, essas dores no pescoço me tirem a tranquilidade, eu ainda vivo. Enquanto vivo pretende escrever, registrar, marcar o espaço que ocupo com palavras. Não sei fazer diferente e não pretendo ir muito além disso. Minha vida que era para ser assumidamente  a de um escritor, não pode ainda seguir por esse rumo exclusivamente, mas eu continuo tentando, sem mesmo saber se vou conseguir, seguindo apenas com o propósito.
          Um café, o cigarro que já não fumo mais, uma mesa para apoiar o notebook, a mão passando no queixo, na barba, na testa, a atitude reflexiva. O pensamento vai além dessa tela, além dessa sala, além desse prédio. Acho que preciso de óculos! Enquanto estou aqui nessa posição, exercitando minhas faculdades mentais no ofício de escritor, estou feliz! No silêncio desta sala eu me sinto um pouco só. Seria bom também escrever em algum lugar com certa movimentação de pessoas, para sentir a realidade mais perto e fugir um pouco da solidão. Entretanto, o escritor é sempre um solitário! Sinto falta de um cigarro! O tempo corre e eu sinto que esse tempo que passou não foi em vão. Consagrei vinte três minutos de minha vida, agora, a digitar o que aqui vai, a marca deletéria de minha existência absurda...
          Saudade dos clássicos modernos. Saudade de ler Sartre, Nietzsche, Foucault, etc. Saudade de conversar com Jonhn Mafra, noite adentro, sobre os grandes problemas da humanidade. Saudade de uma vida intelectual ativa, não essa vida de suçuarana. Saudade da minha terra! Saudade de minha filha! Saudade de minha avó que conheceu a morte! Não, meu coração não é este porto de melancolias daquilo que já passou, mas em algum momento do passado eu me perdi, e desde então minha vida foi um eterno procurar a si mesmo. Gostava quando eu ficava em casa lendo o dia inteiro, escrevendo, desenhando, enfim, quando eu tinha uma vida intelectual ativa, mesmo que não conhecida, mas minha que me dava orgulho de ser, de existir. Parece simples uma mudança agora, mas não é, a vida de outras pessoas está agora em jogo, como a da minha filha por exemplo. Somos aquilo que fizemos do que foi feito da gente, já dizia Sartre. É isso que sou agora, sem mais...
 
 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Bando de Entulho!

         Criticar a sociedade? Já não é mais uma mera perda de tempo fazer qualquer coisa nesse sentido? De que adianta a crítica se já ninguém tem mais paciência para críticas. E também já ninguém mais acredita em qualquer mudança social.
          Hoje mesmo quando estava indo para o trabalho peguei um trânsito infernal. Fiquei pensando comigo "quem criou essa desgraça toda de veículos?". Fiquei pensando em quantas porcarias criamos sem saber, em como talvez a vida fosse bem melhor quando anoitecíamos à luz dos lampiões. Mas eu nunca anoiteci á luz de um lampião, como posso então saber disso? E talvez não é que a vida não seja boa, a minha vida talvez é que não esteja boa; digo boa mesmo o suficiente para mim, para meus critérios, para minhas exigências. Porque pode em certos momentos não transparecer mas sou exigente em relação a minha vida. Tão exigente que chego as vezes a ter ódio de mim mesmo, por não ter feito certa coisa, por não ter aproveitado as horas, por não ter tido disciplina, por não ter sido mais esperto. Mas é como a vida é, entre erros e acertos e tropeços, vamos criando nosso caminho a medida que caminhamos. Se ando entre espinhos é a nível de experiência então, não por masoquismo.
          Está bem, que alguém diga "como podes criticar os veículos se era um que te conduzia para o trabalho?". Mas também eu estou fazendo minha parte de destruição. É certo que poderia utilizar uma bicicleta, mas primeiro fizeram estradas para os veículos, depois tentaram alguma coisa de ciclovia. O trajeto de casa até o trabalho de bicicleta oferece muito risco. Sendo dessa forma o jeito foi pegar o meu carro e seguir destino com ele, vivendo um outro modo de alienação que já comentei em post anterior. Ainda assim, ao menos tenho uma consciência disso, que no fundo não resolve nada também. Fica a decepção de nada poder fazer, a frustração de viver só por viver, só porque se está vivo.
          Desculpem-me essa depressão tão dylanesca. Não faço de propósito, apenas sinto. Normalmente procuro não me expor deste modo, mas tem momentos que se torna tão sufocante que é praticamente impossível não pensar e escrever assim. Mas mesmo assim, ainda não é o momento de desistirmos. E como eu sei disso? Eu não sei de fato, eu apenas sinto. Mas mesmo no dia a dia é possível observarmos ainda algumas cenas que nos dão um pouco de esperança, mesmo que seja falsa esperança. Meu maior risco ao escrever essas coisas é de fato de ser mal interpretado. Mas ainda é preferível correr o risco do que ficar parado, atônico, sem ao menos vomitar. E esse é um vomito tão sincero!